Nesta quarta foi aberta, em Madri, a 2ª Summer School Edc: uma reportagem do primeiro dia na "viva-voz" dos participantes
por Elena Ranocchi, Joan Rodriguez, Alejandra Vàsquez
Olá a todos, daqui de Madri! Somos os 50 participantes da segunda edição da Summer School EdC; viemos de 19 países, fomos acolhidos pela comissão EdC espanhola como se fôssemos "da família".
Este primeiro dia de inserção nos deu os instrumentos para nos prepararmos a uma semana que promete ser intensa. Começamos o programa nos apresentando entre estudantes, professores, empresários e outros. Em seguida, entramos no cerne do programa com a introdução de Luigino Bruni cujo título era: “Cultura do dar e consumismo”. Luigino introduziu a economia de comunhão em nível histórico, até descrever-nos as características fundamentais da cultura do dar. Depois, uma palestra de Maria Salas e Antonio Marquez sobre “Justiça relacional e economia de comunhão".
Maria e Antonio apresentaram o desafio inovador de uma justiça como “relação dinâmica”, que nasce do relacionamento entre institucionalismo e reciprocidade. Luca Crivelli, por sua vez, descreveu “A abordagem da EdC em relação à pobreza e ao desenvolvimento comparado com outras formas de empresas sociais.” São 3 os vários tipos de organizações movidas por um ideal (VBOs – Value Based Organization): social enterprise school, social businesses, e social cooperatives. De cada uma Luca traçou analogias com as características da empresa EdC, ressaltando as suas especificidades.
Na parte da tarde, nos dividimos em grupos, com o objetivo de nos conhecermos e depois tentar responder à primeira pergunta feita por Luca Crivelli: “Quais as condições necessárias (se é que existem) para que a Economia de comunhão se torne uma orientação válida para muitas empresas, tanto para as novas quanto para a já existentes? O que é preciso para fazer o projeto crescer, em tamanho?” Fizemos também uma filmagem curta, uma espécie de “spot” para encorajar outros jovens na estrada da EdC. No final da semana os trabalhos de cada grupo serão apresentados a todos.
Na conclusão desta tarde, teve ainda uma aula em plenária com Julio Gisbert sobre: “Viver sem o trabalho: experiências de moeda social, bancos do tempo e outras iniciativas populares”. Julio nos mostrou como a realidade da crise desenvolveu formas alternativas de partilha, em oposição ao modelo capitalista: uma economia mais colaborativa, com iniciativas de ajuda mútua através de experiências em nível local. O aspecto peculiar do banco do tempo é enriquecer a autoestima das pessoas: mesmo se se perdeu o emprego, por meio do banco do tempo é possível encontrar formas diferentes de interação e descobrir talentos pessoais que até aquele momento estavam escondidos. Outro aspecto interessante diz respeito à moeda social, que tem por característica não poder ser acumulada como se faz com o dinheiro legal.
Gostaríamos de concluir este nosso primeiro “report” sobre a Summer School com a frase de S.Agostino com a qual começamos nossa primeira manhã: "If you want to meet someone, do not ask him what he thinks but he Loves!! Se quiseres conhecer alguém, não lhe perguntes o que pensa, mas o que Ama!!" ...este será o nosso desafio destes dias!